música do papai

Uma visita ao meu pai hoje fez-me visitar um pouco mais da Era Disco.

Os anos 70 foram marcados por festas dançantes nas discotecas das maiores cidades dos Estados Unidos. Com o filme 'Embalos de Sábado à Noite' (1977), o estilo, embasado no Soul, Jazz e Funk – black music dos anos 60 – tornou-se moda gerando até 8 bilhões por ano para a indústria musical. Batidas ritmadas, muita percussão, instrumentos de sopro, arranjos vocais e arranjos rítmicos mais sofisticados são alguns detalhes característicos da música Disco. Cada vez mais os hits invadiam as discotecas com globos espelhados, pistas iluminadas, luzes coloridas e conquistavam mais jovens, ganhando mais espaço também nos cinemas e na televisão. A chamada Era do Brilho foi marcada também por figurinos sexy e luxuosos. Uma afirmação de feminilidade frente à discriminação da sociedade machista. A moda era realmente alegre e noturna. Cores espalhafatosas, brilhos, strass, roupas e maquiagens glamourosas. Cetim, seda, vestidos frente única, calças boca de sino, coladas e transparentes, sapatos plataforma, meias lurex, lantejoulas, purpurina, shorts. Além de tudo isso chamar atenção para os reis e rainhas das pistas de dança, esse comportamento trouxe às mulheres a liberdade de escolher como se vestir. Os arranjos e as letras das músicas, como ‘Queen of Disco’, de Ruby Andrews e ‘I Will Survive’, de Gloria Gaynor, traziam também mais liberdade e independência às mulheres. A discriminação também diminuiu, mas ainda havia discotecas, como a famosa 'Studio 54', que só deixavam entrar gente bonita e famosa. De qualquer forma, a palavra de ordem era ‘diversão’ e a dança, às vezes, fazia par com as bebidas, as drogas e o sexo à vontade. Em 79, a música Disco começou a perder espaço para o surgimento da música eletrônica. Para se manterem nas discotecas, os sucessos Disco ganharam novas versões, como acontece até hoje e, por aí, eles ainda circulam fazendo muita gente brilhar ou re-brilhar a noite toda.

Melhor do que visitar a Era Disco em um dia é ver imagens do meu pai de black power, calça boca de sino, cantando e dançando músicas como 'More than a Woman', do Tavares. Coisas que não têm preço.

Música:
Gloria Gaynor (foto)
Donna Summer
Bee Gees (foto)
ABBA
Village People
Jackson Five
Blondie
Kool & the Gang
Tavares
KC and the Sunshine Band
The Stylistics
The Manhattans
Sister Sledge
Earth, Wind and Fire
The Tramps
Diana Ross
Peaches & Herb
Yvonne Elliman
George Mccrae
Heatwave
Chic
Paul da Vinci

Lady Zu (brazuka)

As Frenéticas (brazuka)
Gretchen (brazuka)

Filmes:
'Saturday Night Fever', 1977. (foto)

(Os Embalos de Sábado à Noite)
'Grease', 1978.

(Grease - Nos Tempos da Brilhantina)
'Thanks God It’s Friday', 1978.

(Até que Enfim é Sexta-Feira)

'Studio 54 ', 1998.
'Boogie Nights', 1997.

(Boggie Nights - Prazer Sem Limites)

Livros:
'As Tais Frenéticas: Eu tenho uma louca dentro de mim'. Sandra Pêra, Ediouro, 2008.
'Almanaque Anos 70'. Ana Maria Bahiana, Ediouro, 2006. (foto)
'Turn the Beat Around: The Secret History of Disco'. Peter Shapiro, Faber & Faber, 2006.
'Saturday Night Forever: The Story of Disco'. Alan Jones and Jussi Kantonen, Mainstream Publishing (Edinburg), 1999.

Brainstorm-se. Poste 01 idéia.

Idéia: www.disconight.com.br e pesquisa.
Imagens: www.djjdee-mobiledisco.co.uk e divulgação.