terça-feira, 3 de março de 2009

BBB é retrato fiel da educação e da juventude

Não assisto tanta televisão quanto deveria, mas uma matéria na web com um título similar a 'BBB é Retrato Fiel da Juventude Brasileira' conseguiu minha atenção.
O link era para uma entrevista exclusiva de Mauricio Stycer com Pedro Bial, ao 'Último Segundo', publicada ontem no IG. Além dos babados do programa, foram relatadas informações muito interessantes do ponto de vista do jornalista em relação à tv e ao comportamento dos brasileiros.
Considerei que valeria postar alguns trechos. Dê uma espiadinha:
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'O Brasil é o país mais informal do mundo e tem uma formalidade, às vezes, na televisão, principalmente no telejornalismo, que é inexplicável. [...] O nosso telejornalismo é careta na maior parte dos casos.'
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'Tem anunciante querendo anunciar até no décimo-quinto. É uma loucura. O Big Brother é uma máquina inacreditável de gerar a engrenagem de círculos virtuosos do capitalismo. Tudo vende tudo e uma coisa vende a outra.'
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'O Big Brother é uma dramaturgia sem evento – não morre ninguém ao final. [...] afetou até as novelas: não dá mais para servir café que não esteja quente em novela. Mudou até a maneira de falar na televisão...'
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'O Vinicius Valverde [repórter que faz reportagens sobre o programa] me contou que veio uma mulher negra, desdentada e disse: “Fala pro Bial que eu agradeço muito a ele. Ele vem até nós e fala com a gente”'
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'A tevê aberta teve uma fuga de espectadores muito grande. E a própria Globo, nos últimos quatro anos, perdeu um número significativo de pontos [de audiência].'
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'Este programa está batendo todos os recordes de faturamento. Os blocos de comerciais da Globo começam e terminam com chamadas de programas da emissora. Várias vezes, no Big Brother, não têm essa chamada – vendem aqueles 30 segundos também. Vende tudo. Tem fila para daqui a não sei quantas edições. É um merchandising matador. Você faz ao gosto do freguês.'
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'Faço um exercício de imaginação: botar 12 acadêmicos juntos na casa. Depois de duas horas dentro da casa eles vão estar falando de sexo, coco, xixi, e não vão estar discutindo Kant. É claro que quando surge uma pessoa inteligente, o programa fica mais interessante. Mas essa pessoa inteligente não é interessante pelo que ela fala, mas pela maneira que ela age. [...] pessoas que entram no programa e, de repente, se transformam, descobrem que não são quem achavam que eram.'
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'É um programa que necessita de gente exibicionista e estimula voyeurismo. [...] não é exaltação [da vulgaridade], é o nosso conteúdo. E é também, muitas vezes, um retrato fiel da educação brasileira e da juventude brasileira. As pessoas não sabem nada!!! Nada!!! Nada!!! Uma ignorância...'
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Brainstorm-se. Poste 01 ideia.
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ideia: www.ig.com.br - imagem: divulgação

4 comentários:

Rosana Rocha disse...

Camille,
Eu sou mt chegada a documentários, mas devo confessar que considero uma experiência legal assistir ao BBB... Geralmente assisto em dias de indicação e em dias de eliminação... Como observadora acho incrível ver como o povo se deixa levar pelas edições do programa, não voto, mas fico intrigada em ver como os mais de 30 milhões de brasileiros ficam hipnotizados e se envolvem com aquilo que ocorre lá dentro... Não sei se seria ignorância, ou sede por "nada" como conteúdo...Ainda tenho minhas dúvidas...

Beijos da Rô..uou\o/

Amei ver meu banner aqui... Tem como colocar o seu tb??

Airton disse...

oiii
inaugurei uma nova categoria em meu blog

''Imagens'', onde irei expor fotos que marcaram publicidade e cinemaa

apareça

bjoo

Natie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Natie disse...

Eu detesto Big Brother, de verdade. Assisti o primeiro por curiosidade. Achei tão nonsense. Só que é desse tipo coisa coisa que o povão gosta. Não entenda, venda o espaço publicitário e lucre. Acho que essa é mais ou menos a idéia de quem coloca isto na grade de veiculação da emissora.
Bjoo

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